Kill Your Darlings |
Apesar de Tudo
Pedro Emmanuel, Mathew
Não preciso que enxugue minhas
lagrimas, não preciso de panos ou de lenços, pois minha mangas sujas de sangue... bastam. E não me venha com esse papo de incêndio filosófico, algo como uma
Piromania, e quando eu der meu ultimo soluço e me curar dessa crise existencial
depressiva causada por... por quem mais... a pedra do meu sapato, a mosca da
minha sopa, não me diga que me avisou, não dirija palavras à mim. Pois são com
as mesmas, essas que tu esbanjas, que me ferem e me mutilam.
E quando, logo em seguida me
bater a euforia, não me ofereça fármacos, ou benzodiazepínicos para que eu
possa me acalmar. Com segundas intenções... e mostrar novamente que você estava
certo, como me avisou e alertou.
Pare de me incendiar com teus
olhos, semelhantes aos olhos oblíquos e dissimulados de Capitu, porém com um toque de guitarra distorcida e
microfonias. E ainda que me incendeie, ateie fogo em meu coração, não me peças
para alimentar esse vicio. Pois não é ele que me ajuda a superar cada dia, dia após dia,
como aquele dia-tado popular que vovó
dizia, Um dia após o outro. Um cigarro após um outro. Breves e passageiros.
Beijos e abraços meus.
Mas só talvez, eu ainda guardo
magoas, sentimentos que foram sufocados por essa nevoa densa que permeia nossos
corpos, nus e verdadeiros, tal qual as adversidades
da vida e afins. Mas só peço que não me deixe essa noite, pois Apesar
de Tudo, ainda te amo.
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